Por onde começar diante de uma infiltração, o que e como proceder? Na matéria anterior falamos sobre as infiltrações.

Não seria exagero dizer que na sua casa tem uma infiltração em algum lugar, se não tem, acredite, se trata de uma feliz contradição, pois elas estão presentes na maioria dos imóveis brasileiros. De origens diversas, as infiltrações podem advir desde erros ou vícios construtivos a falhas decorrentes do tempo de exposição de uma determinada estrutura às intempéries e para começarmos a entender como tratar uma infiltração, vamos discorrer sobre a etapa/método construtivo que deveria prevenir e é imprescindível p/ tratar os problemas que geram as infiltrações, a IMPERMEABILIZAÇÃO.

Se você quer entender melhor sobre infiltração e seus efeitos, da uma olhada nessa matéria publicada aqui na semana passada.

Discorre sobre o assunto nossa perita, Laressa Bruna da Viana engenharia e perícias com a colaboração do Depto. De Comunicação do Grupo RJ e colaboração do Utter Borsatto CTO (CHIEF TECHONOLOGY OFFICER) da Engenharia RJ.

Para darmos início neste artigo precisamos entender de forma simplificada o que é a impermeabilização. Para facilitar, a impermeabilização faz parte dos sistemas construtivos que tem como a principal finalidade evitar a passagem de fluidos, bem como a salubridade, segurança e conforto do usuário, de forma a ser garantida a estanqueidade das partes construtivas que ficam expostas ou submetidas a presença de águas, seja de maneira natural ou intencional.

Basicamente o princípio do sistema de impermeabilização é proteger as construções e seus ambientes da ação nociva da água, que podem corroborar para inúmeras manifestações patológicas através da percolação e penetração da água, como manchas, bolores, infiltrações, descascamento e descolamento de revestimentos, além de problemas mais graves.

O procedimento realizado para esse sistema construtivo é determinado em projeto. Entretanto de forma resumida, o sistema é realizado com a aplicação de produtos (membrana ou manta) com o objetivo de selar, vedar ou colmatar materiais porosos e suas possíveis falhas.

O índice de manifestações patológicas que envolvem a ação da água é disparado um dos maiores no Brasil, entretanto, se o sistema de impermeabilização for realizado de maneira eficaz atendendo as diretrizes normativas, tanto de projeto, quanto de execução (NBR 9575 e 9574), pode evitar o surgimento dessas manifestações patológicas e consequentemente a degradação acelerada das construções, garantindo um bom desempenho e longevidade.

O que temos observado nas diversas inspeções que realizamos, são várias empresas e/ou profissionais que se dispõem em realizar a execução desse sistema construtivo, sem entender a importância do projeto para a execução eficiente, atendendo as premissas normativas e até mesmo o tipo de impermeabilização adequado para as condições, ambiente e utilização daquele determinado local.

Os tipos de impermeabilização variam e são classificados segundo material constituinte principal da camada impermeável, são eles: cimentícios, asfálticos e poliméricos.

Se você já ouviu esse termo, chegou a hora de abandonar, “manta liquida”! Esse termo para norma não existe, o que utilizamos tecnicamente são os termos “Membrana” para os materiais líquidos e “Manta” para os materiais sólidos (que não se molda enloco). E o fato de ser caracterizada como rígida ou flexível, nada tem a ver com o material propriamente dito, as pessoas acham que o fato de ser uma membrana é flexível, mas enganam-se, pois a classificação quanto a isso se dá pelo fato de suportar ou não movimentações, ainda que mínimas.

Lembrando que o sistema construtivo de impermeabilização é composto por várias etapas, sendo elas auxiliares (que são classificadas segundo sua função) e complementares que são realizadas dependendo da situação.

Podemos citar como serviços auxiliares: Preparo do substrato, preenchimento de juntas, tratamento estanque de juntas e tratamento por inserção. Já os serviços complementares são: Camada de imprimação, camada-berço, camada de amortecimento, camada drenante, camada separadora, camada de proteção mecânica e camada de proteção térmica.

Cada tipo de impermeabilização será necessário a realização dessas etapas, em alguns casos mais de uma, e quem determinará isso será o projeto, que precisará atender a NBR 9575.

Não menos importante, qualquer procedimento de impermeabilização deve ser seguindo por um teste, buscando comprovar sua eficiência, como os testes de “alagamento”.

Piso de estacionamento durante teste de alagamento – Foto arquivo Engenharia RJ

Por fim, saiba que ao constatar uma infiltração em um imóvel, seja lá qual for a finalidade do imóvel, (comercial, residencial ou de interesse público), você constatou um sinal de deterioração da estrutura do imóvel e que precisa de tratamento urgente! A forma de tratar passa pela aplicação das técnicas que discorremos aqui e o profissional determinará quais técnicas serão aplicadas após avaliar os sintomas identificados em uma inspeção técnica.

Nossas equipes podem te ajudar, a começar com um laudo técnico de engenharia com a Viana Engenharia, para identificar a origem das suas infiltrações, e até mesmo, em caso de reforma, e/ou manutenções, a identificação ou não da realização de um novo sistema de impermeabilização, além de citar procedimentos importantes para realização. Contudo, também temos uma equipe de projetos que poderá realizar seu projeto arquitetônico e executivo conforme as diretrizes básicas da ABNT NBR 9575 com o Grupo RJ, e também temos uma equipe técnica especializada e capacitada para realização da sua obra de impermeabilização com a Engenharia RJ.


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