A falta de manutenção preventiva e periódica vai aos poucos condenando nosso patrimônio histórico construtivo.
Na última semana, mais uma vez assistimos no noticiário local o desabamento de uma parte de um imóvel histórico na cidade do Rio de Janeiro, diante de mais um episódio do tipo, convidamos nossa parceira Laressa Bruna, para discorrer sobre o assunto, Laressa é engenheira civil e perita judicial, com MBA em gerenciamento de projetos pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e especialização nas áreas de patologia de construções e perícias, além estar a frente da Viana Engenharia e Perícia.
A ausência de manutenção, ou falha na realização das mesmas, não afetam apenas imóveis residenciais, mas, abala também aos edifícios antigos, como os patrimônios históricos e tombados. Recentemente tivemos mais um caso que ocorreu no centro do Rio de Janeiro, onde parte de uma fachada no prédio dos Correios, colapsou, não causando feridos, mas poderia.
Em situações como estas comumente se questionam: Porque? O que houve? Qual foi a causa?
As causas desse episódio em específicos ainda estão sendo apurada, mas, o que é possível perceber, principalmente em todo o centro do Rio de Janeiro, é que a realização de manutenções periódicas não existe, sendo assim, são realizadas apenas medidas de maneira paliativa, em muitos casos, apenas para “maquiar” e “embelezar” a construção.
A verdade é que há descaso na manutenção em todo Brasil, isso engloba todas as nossas construções, porque não temos a cultura de cuidar de forma periódica com um plano de ação especializado e personalizado das nossas construções. Aqui, não é disseminada a cultura da manutenção preditiva, a atenção na maioria das vezes é voltada apenas para manutenções corretiva e sempre de forma paliativa, para se gastar menos.
É necessária uma mudança de cultura, precisamos entender que as construções não são eternas, menos ainda os patrimônios, isso é uma ilusão, considerando que a não realização de manutenções aceleram a degradação dos materiais, consequentemente diminuindo a vida útil da construção.
Precisamos entender que maquiar uma estrutura causa conforto estético apenas aos olhos, mas a construção em si, pede socorro, sem que as raízes de suas manifestações patológicas (que tendem a surgir ao longo do tempo e devido à ausência de medidas para proteger a estrutura), possam ser resolvidas de forma definitiva.
Insta salientar que a manutenção das nossas edificações precisa ser encarada como medida de prevenção e redução de custos, visto que, conforme estudiosos da engenharia afirmam, o custo de uma manutenção corretiva é 125 vezes maior em relação a um bom planejamento de manutenções periódicas, conforme reforça a lei de Sitter (1984) – ou lei da evolução dos custos. * Com base na Lei de Sitter (1984), o gasto na recuperação de uma estrutura irá variar em progressão geométrica de acordo com a etapa que a correção for realizada, isto é, quanto antes um dano for detectado e corrigido, mais eficaz e menos onerosa será a intervenção.
Precisamos encarar as inspeções prediais, os planos de manutenções, os ensaios para investigações dos sistemas construtivos, como condição para mantermos nossas estruturas, assim como o bem-estar da população, essas medidas quando adotadas, garantem a durabilidade e consequentemente maior vida útil das nossas edificações.
Quer fazer um diagnóstico completo sobre a condição do seu imóvel? Converse com a Laressa na Viana Engenharia. Feito todo o diagnóstico, conte com as empresas do Grupo RJ na execução dos serviços, tendo sempre a garantia das melhores práticas de manutenção e construção.
1 comentário
Felipe Gregório · 29/05/2023 às 13:39
Uma progressão geométrica em escala de 5, significa que algo identificado tardiamente pode custar 25 ou 75x o valor inicial!